Pode parecer coincidência, mas pode não
ser.
No dia 14 de setembro o São Paulo fez sua
melhor apresentação no campeonato brasileiro ao vencer o líder Cruzeiro por 2 x
0. Houve comentários dizendo que a partir daquele momento o tricolor paulista
estava definitivamente na briga pelo título.
No dia 15, um dia após o feito diante do
clube mineiro, estoura a crise que já havia uma semana. O presidente Carlos
Miguel Aidar demitiu Juvenal Juvêncio do cargo de diretor das categorias de
base do clube.
Do dia 15 até a rodada de ontem, onde o
clube paulista perdeu em casa para o Fluminense, foram 4 partidas, sendo 3
derrotas e um empate, fez um ponto (rendimento de 8,33%). Sofreu 11 gols; média
de 2,75 gols sofridos por partida, superior a do Palmeiras, pior defesa do
campeonato. Pior até que a do Oeste, time que disputa a segundona, que é de
1,57.
Com esse aproveitamento, sem querer
profetizar, o São Paulo periga caminhar para as colocações intermediárias. Isso
não seria trágico se o tricolor não fosse um dos elencos mais completos do
campeonato. Melhor até que o próprio Cruzeiro. E tem mais, o banco de reservas
daria um bom time para disputar a primeira divisão tranquilamente.
Só para ter uma ideia de como o time está
desorganizado dentro de campo, o lance do terceiro gol havia quatro jogadores
em volta do Cícero, não havia qualquer possibilidade de construir uma jogada
que fosse resultar em gol. Ao
passar pelos quatro, Denílson faz falta desnecessária, que não só gerou o
terceiro gol, como o deixou fora o próximo do jogo contra o Grêmio por levar
cartão amarelo, também desnecessário.
Como acontece sempre no Brasil, a
política, em vez de melhorar as coisas, acaba estragando.