As tecnologias tomaram conta do mundo moderno e
prometem estar cada mais presentes no dia a dia de pessoas de todas as idades. Saber
usá-las, portanto, esta se tornando, aos poucos, uma premissa para quem quer estar
atualizado: No processo de ensino e aprendizagem, a história não é diferente e
os alunos se mostram cada mais preparados para utilizar em aula os recursos que
já são familiares fora do contexto escolar.
Mas qual é o papel da tecnologia para a educação? “Nenhum.
É o uso que se faz da tecnologia disponível na escola que tem papel na
educação”, responde a professora. Ela defende que, sozinha, a tecnologia não
resolve problemas educacionais porque na sala de aula é apenas mais uma
ferramenta para ser utilizada. “Uma máquina sozinha não vai resolver problema
nenhum. Se ela não for bem usada, não adianta ter uma sala super high-tech, com
um professor tradicional. Ao contrário, vai piorar o processo de ensino e
aprendizagem.”
Conforme a especialista, também não basta apenas
saber usar a tecnologia, o professor tem que ser formado para saber o que usar,
quando usar e como usar para poder dinamizar a prática pedagógica. “Alguns
gestores ainda acham que é só encher a sala de aula de equipamentos e o
problema da educação vai estar resolvido. Isso não é verdade porque a tecnologia
não resolve nada se não houver formação para professores e eles não souberem
incluir isso em seus planejamentos”, afirma.
Novidades tecnológicas são só novidades, não adianta
de nada. O que vale é o professor estar bem formado para utilizá-las, pois um
uso inovador fará a diferença na sala de aula. Novidades tecnológicas sem
formação não fazem nenhuma diferença na educação.
Veja alguns trechos da entrevista que acho
apropriado informar aos meus leitores.
Os professores estão preparados para usar os
recursos tecnológicos avançados? Há capacitação para isso?
Os professores não têm nas universidades e
faculdades formação para o uso das tecnologias. Há uma grande necessidade de se
planejar boas formações continuadas para o uso das tecnologias nas escolas.
Como um profissional, o professor tem que se capacitar por conta própria. Por
outro lado, se eu como gestor compro algum equipamento a ser utilizado na
escola, tenho que oferecer uma formação continuada que seja aprimorada a cada
ano. Não basta dar formação pontual, de uma semana apenas, ela tem que ter
várias etapas durante o ano e oferecer apoio para o professor, caso precise. A
secretaria estadual e algumas municipais têm núcleos de tecnologias e quando há
esta estrutura, geralmente o projeto está indo com sucesso.
Os
professores que não atualizam correm o risco de serem substituídos,
principalmente em instituições privadas?
Quem
fará a diferença é o professor que tem um compromisso com a formação do cidadão
brasileiro, mediante um processo educacional dinâmico, em constante renovação e
comprometimento com a qualidade.
A
sra. acredita que os educadores que não tiverem esses diferenciais podem ser
excluídos do mercado com o tempo?
Eu acho que não porque o que mais falta nos países
de Terceiro Mundo é professor. Mas o que acontece é que ele está fazendo uma
escola que não existe, desconectada do mundo atual e esse é o grande problema.
Como disse Paulo Freire, o professor tem que ser do seu tempo. Então se hoje se
exige o uso das tecnologias, se os alunos usam, o professor também deve usar.
Mas não adianta colocar a culpa no professor, porque na verdade tem toda a
questão da não formação.
Agradeço a sugestão do professor Marcos Rogério
Moreira, que juntamente comigo, pensamos igual a professora Claucia. Em muitos
casos a tecnologia atrapalha. Exemplo disso foi a distribuição de laptops aos
alunos da educação básica em
Santa Cecília do Pavão. Cada um tinha o seu. O que se constatou
foi que os alunos ficaram dispersos, não prestavam atenção à aulas, usavam os
equipamentos para tudo=, menos auxilia-los. Ao final os laptops foram
recolhidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário